A senhora Otília Canquerini, nascida Otília Vieira da Silva, é natural de Osório e veio com sua família residir em uma importante região de Viamão: o Capão da Porteira. Ela casou-se com Osvaldo Canquerini, de uma das famílias mais importantes daquela região, e ela deu um pequeno relato para a equipe do Raízes de Viamão.
Ela conta que quando sua família chegou no Capão da Porteira não havia quase nada na região. Ela conta que havia apenas a família do Sr. Armando Nunes, do Capivari. Segundo ela, não havia quase ninguém morando no Capão da Porteira; menos de 10 famílias. Hoje com a instalação da Escola Canquerini, a região cresceu muito, fato que encheu Dona Otília de alegria, pois como ela diz: "tem muitas crianças agora, é uma alegria só!".
Ela lembra que o pai de seu marido, Francisco Canquerini, foi o primeiro membro da família Canquerini a chegar da Itália para o Capão da Porteira. Logo quando chegou, construiu uma casa e trouxe o resto da família. A primeira profissão dos integrantes da família Canquerini foi de mascate. Eles andavam de casa em casa vendendo diversos produtos. Em seguida estabeleceram um comércio, onde finalmente floresceram.
Quando ela casou-se recorda que o seu marido trabalhava como dentista. Em seguida, ela conta que o Sr. Henrique Dreze, convidou o seu marido para montar uma granja e plantar arroz. Então construíram um galpão e começaram a plantar arroz. Mas, ela lembra que uma enchente cobriu a plantação e destruiu grande parte dela. Ela conta que a família teve muito trabalho para secar o arroz.
Ela lembra também do cotidiano das famílias da região. Os casamentos eram motivo de grandes festas em toda a comunidade. As meninas crianças faziam bonecas e brincavam de bailes. Os bailes da comunidade eram feitos nas casas de cada família. Eles reuniam-se na casa de alguma família que tinha uma sala grande e realizavam ali o baile.
Muito religiosa, católica, Otília Canquerini lembra como foi construída a igreja do Capão da Porteira:
"Foi a gente que construiu, em mutirão! A gente ajudava, todo mundo dava alguma coisa, doavam vaca. Fizemos uma festa para arrecadar fundos para fazer a igreja e ganhamos seis vacas. E então, aos poucos construímos a igreja, rezamos a primeira missa. Daí os casamentos começaram a ser na igreja daqui, os bailes, tudo!"
Hoje a família Canquerini é proprietária de um posto de gasolina, granja de arroz, tambo de leite, além do comércio no Capão da Porteira. A importância da família é tanta para a região que a escola que se instalou lá recebeu o nome de Francisco Canquerini.
Dona Otília é uma pessoa encantadora, e ficou emocionada com a equipe do Projeto Raízes de Viamão. Um pouco descontente com a situação atual de Viamão, ela pede apenas aos nosso governantes que se empenhem mais pela cidade e, principalmente, pela região do Capão da Porteira que hoje está um pouco isolada e "abandonada". Fica aqui registrado o seu pedido.
Entrevista de Otília Canquerini a Aquiles Piraine Fraga, em 23 de agosto de 2007.
FONTE: Livro Raízes de Viamão
ENTREVISTA REALIZADO POR: Aquiles Piraine Fraga
(OBS: Dona Otília faleceu em outubro de 2012 aos 100 anos de idade)
Ela conta que quando sua família chegou no Capão da Porteira não havia quase nada na região. Ela conta que havia apenas a família do Sr. Armando Nunes, do Capivari. Segundo ela, não havia quase ninguém morando no Capão da Porteira; menos de 10 famílias. Hoje com a instalação da Escola Canquerini, a região cresceu muito, fato que encheu Dona Otília de alegria, pois como ela diz: "tem muitas crianças agora, é uma alegria só!".
Ela lembra que o pai de seu marido, Francisco Canquerini, foi o primeiro membro da família Canquerini a chegar da Itália para o Capão da Porteira. Logo quando chegou, construiu uma casa e trouxe o resto da família. A primeira profissão dos integrantes da família Canquerini foi de mascate. Eles andavam de casa em casa vendendo diversos produtos. Em seguida estabeleceram um comércio, onde finalmente floresceram.
Quando ela casou-se recorda que o seu marido trabalhava como dentista. Em seguida, ela conta que o Sr. Henrique Dreze, convidou o seu marido para montar uma granja e plantar arroz. Então construíram um galpão e começaram a plantar arroz. Mas, ela lembra que uma enchente cobriu a plantação e destruiu grande parte dela. Ela conta que a família teve muito trabalho para secar o arroz.
Ela lembra também do cotidiano das famílias da região. Os casamentos eram motivo de grandes festas em toda a comunidade. As meninas crianças faziam bonecas e brincavam de bailes. Os bailes da comunidade eram feitos nas casas de cada família. Eles reuniam-se na casa de alguma família que tinha uma sala grande e realizavam ali o baile.
Muito religiosa, católica, Otília Canquerini lembra como foi construída a igreja do Capão da Porteira:
"Foi a gente que construiu, em mutirão! A gente ajudava, todo mundo dava alguma coisa, doavam vaca. Fizemos uma festa para arrecadar fundos para fazer a igreja e ganhamos seis vacas. E então, aos poucos construímos a igreja, rezamos a primeira missa. Daí os casamentos começaram a ser na igreja daqui, os bailes, tudo!"
Hoje a família Canquerini é proprietária de um posto de gasolina, granja de arroz, tambo de leite, além do comércio no Capão da Porteira. A importância da família é tanta para a região que a escola que se instalou lá recebeu o nome de Francisco Canquerini.
Dona Otília é uma pessoa encantadora, e ficou emocionada com a equipe do Projeto Raízes de Viamão. Um pouco descontente com a situação atual de Viamão, ela pede apenas aos nosso governantes que se empenhem mais pela cidade e, principalmente, pela região do Capão da Porteira que hoje está um pouco isolada e "abandonada". Fica aqui registrado o seu pedido.
Entrevista de Otília Canquerini a Aquiles Piraine Fraga, em 23 de agosto de 2007.
FONTE: Livro Raízes de Viamão
ENTREVISTA REALIZADO POR: Aquiles Piraine Fraga
(OBS: Dona Otília faleceu em outubro de 2012 aos 100 anos de idade)
Olá. Gostaria de saber mais sobre a família Canquerini. A família da minha Mãe também assina Canquerini e são de Estiva -Minas Gerais. Minha avó materna se chama Maria Júlia Canquerini.
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